Os trabalhadores dos setores de construção civil e mobiliário de Brusque e região estão sendo convidados a discutir a contraproposta feita pela classe patronal, nas negociações salariais deste ano. Uma reunião entre patrões e o sindicato da classe trabalhadora, Sintricomb, aconteceu na tarde de ontem (12), onde os empresários encaminharam a proposta de 7% sobre os valores dos pisos salariais. Os trabalhadores, através de assembleias, haviam solicitado aumento de 12%.

A reunião para debater se ops trabalhadores aceitam, ou não, a proposta será realizada na noite de sexta-feira (16), na sede do Sintricomb - rua Francisco Cervi, 39, ao lado da Schlösser, a partir das 18h30min. “Pela diretoria do sindicato já foi rejeitada, mas quem dá a palavra final é o trabalhador e por isso vamos realizar essa reunião. Só que não podemos perder essa oportunidade, porque estamos vendo que de 2 anos para cá a cidade se transformou em um canteiro de obras”, afirma o presidente do Sintricomb, Renato Lungen.

De acordo com o sindicalista, "muitas empresas estão tendo lucros consistentes e não repassam percentuais mais justos de ganhos aos funcionários". Há casos, segundo Lungen, em que o trabalhador possui um salário alto, mas na Carteira Profissional o registro é inferior. “Foi perguntado a um trabalhador, que estava participando da reunião, quanto ele ganhava. Ele disse que era R$ 1.900, mas na carteira constava apenas R$ 682. Ou seja, alguém está tendo um lucro muito grande aí e não está querendo dividir”, frisou Renato Lungen, acrescentando que o trabalhador sai prejudicado, pois caso sofra algum acidente vai receber como auxilio do Insso  valor registrado na Carteira de Trabalho.

O percentual de 7% sobre os pisos foi a única proposta feita pela classe patronal. A data base de negociação da categoria é 1º de maio. Caso não haja acordo entre trabalhadores e patrões, as negociações seguem para dissídio coletivo, em que caberá à Justiça dar a palavra final.